terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O que você faria com 2,5 milhões de reais?

O empresário Mauro Mendes, que foi candidato ao governo do Mato Grosso pelo PSB, fez o seguinte:



2,5 milhões de reais em uma festa de 15 anos pra filha. Não nego o direito da menina de ter uma festa inesquecível, blá blá blá (e a parte engraçada é que mesmo se eu negasse, e daí, né), mas são dois. milhões. e meio. de. reais. Não há nada que justifique gastar isso em uma festa de 15 anos. Porque chegou num nível ridículo – uma coisa é pagar um ator da Globo pra ir dançar com você, outra coisa é escalar um representante pra cada fase de Malhação desde 98 pra desfilar com uma camisa com suas iniciais e a idade que você está fazendo em números romanos.

O engraçado é que eu sou muito a favor de cada um fazer o que lhe der na telha desde que não atrapalhe a vida de ninguém, e mesmo uma festa de 15 anos milionária parece ser o caso, mas eu ainda acho que uma pessoa deveria ter vergonha de gastar tanto dinheiro com algo assim. Dá pra igualar os pais dessa garota aos babacas que rasgaram as notas de cinquenta reais no programa da MTV.

Eu percebi que esse trecho soa como a pessoa mais rabugenta do mundo reclamando… eu reclamo bastante e tal, mas gostaria de dizer que o motivo primordial pelo qual esse vídeo me chamou a atenção é que, de tão trash, ele é bem engraçado. De tão triste, ele é engraçado.

Desde antes dos 15 anos eu nunca entendi a lógica de contratar um bonitão da Globo pra dançar contigo na sua festa, porque é notório o hábito de pagar esses caras pra ir dançar com moças em festas de 15 anos. Não é como se suas amigas e amigos fossem olhar pro cara e pensar MEU, NÃO ACREDITO, O KAIKY BRITTO É TÃO AMIGO DELA QUE VEIO NA FESTA! MUITO TOP, MEU. Eu diria também ser um pouco remota a possibilidade de o convidado reconhecer, naquela bela e virgem debutante, o amor da sua vida, assim que seus olhares se cruzarem.

Portanto, sempre acreditei que festas de 15 anos eram uma maneira complicada de dizer OLHA, GENTE, EU TENHO MUITO DINHEIRO. O lance é que quanto dinheiro alguém tinha ficava bem claro no dia-a-dia na escola, então não que fosse necessário.

O problema é que, depois dessa aí, é impossível vencer.

A propósito: lembro você que pai da menina é do PSB, que como você bem sabe, é o Partido Socialista Brasileiro.


Texto retirado do blog "Olhometro" -
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